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Janeiro Roxo

O mês de janeiro é marcado pela campanha de alusão ao enfrentamento da hanseníase, e para fortalecer essa pauta, iremos realizar o Seminário "Hanseníase no Brasil: da evidência à prática", que acontecerá do dia 24 à 26 de janeiro deste ano, em Brasília com a participação do Chefe do Programa Global de Hanseníase da Organização Mundial da Saúde.

     

      O Seminário tem como objetivo dar visibilidade para as ações de enfrentamento à doença no mês alusivo, com destaque para a implementação do recém-publicado Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Hanseníase, bem como promover os lançamentos:

Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2023-2030;   
Boletim Epidemiológico Hanseníase 2023;

· Aplicativo AppHans - para auxiliar profissionais da saúde no diagnóstico e tratamento; e  

Documentário "Experiências Exitosas em Hanseníase", como resultado do Edital de Mapeamento de Experiências Exitosas em Hanseníase no SUS.   
 

 Além disso, o evento visa sensibilizar os participantes sobre a importância da busca ativa, com ênfase em contatos e menores de 15 anos de idade para o diagnóstico precoce, tratamento oportuno, cura e enfrentamento ao estigma e discriminação.    

 A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e o seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente as pessoas em faixa etária economicamente ativa, comprometendo seu desenvolvimento profissional e/ou social.

 O Brasil ainda é responsável por cerca de 90% dos casos novos diagnosticados nas Américas, sendo o segundo país a diagnosticar mais casos no mundo. Em 2019 foram diagnosticados 27.864 casos novos, dos quais 1.545 foram em menores de 15 anos de idade. O coeficiente geral de detecção em 2019 foi de 13,23 casos/100 mil habitantes e para os menores de 15 anos de 3,44 casos/100 mil habitantes, considerados de elevada magnitude. As medidas de vigilância são voltadas ao aumento do percentual de exame de contatos que em 2019 foi considerado regular, com 82,37%. O principal indicador de avaliação da qualidade da atenção é o percentual de cura dos casos diagnosticados, que em 2019 foi de 79,38% - resultado que pode e deve ser melhorado. Nos anos de 2020 e 2021 foi observada uma queda de cerca de 35% na detecção de casos em relação a 2019. Atribui-se a esse resultado as dificuldades enfrentadas no período da pandemia de covid-19.

      O enfrentamento à hanseníase é um dos principais desafios de saúde pública no Brasil. O tratamento é um direito de todo indivíduo e é garantido no Sistema Único de Saúde (SUS). O diagnóstico precoce é fundamental para a redução da transmissão e do risco de desenvolvimento de incapacidades físicas. Para tanto, o ano de 2023 marcará o início do uso de dois testes de apoio ao diagnóstico e um para detecção de resistência, todos incorporados no SUS em 2022 por recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde - Conitec. Acredita-se que, com essas tecnologias, com a implementação do PCDT e com a execução da Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2023-2030, o país avançará rumo à eliminação da doença enquanto problema de saúde pública

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